quinta-feira, dezembro 07, 2006

Pearl Jam

Uma das minhas preferidas...

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Sistema de ensino em Portugal discrimina alunos

No Público.pt de hoje é avançada a notícia de que o sistema de ensino em Portugal discrimina os alunos agravando a desigualdade social existente.

Vários estudos realizados pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) registaram diferenças abismais em várias escolas públicas situadas na mesma zona, sendo que umas são consideradas de elite e outras de crianças quase marginalizadas. Os alunos estão a ser discriminados por escolas, turmas e vias de ensino.

Pasme-se com o nosso (democrático) país real...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Jesus Cristo nos telemóveis

Um jornal online noticiava há dias que o Secretariado Diocesano de Pastoral Vocacional de Viana do Castelo teve a ideia de usar a linguagem da juventude com forma de atrair mais jovens.

Assim num desdobrável em forma de telemóvel, informa-se os mais incautos sobre o que fazer quando não têm rede no telemóvel, que é como quem diz quando não ouvem o que Jesus diz; o que fazer quando a bateria está fraca, ou seja, se rezam ou não usam os sacramentos; ou ainda o que fazer quando se recebe uma chamada ou como consultar um SMS.


Pasme-se porque, entre tanta informação, não se diz aos jovens sobre como prevenir doenças quando se faz sexo sem protecção, ou como prevenir a gravidez em idades de hormonas exaltadas, ou ainda como ser responsável e lutar no dia-a-dia pelo pão, pelo seu posto de trabalho, pelos filhos que hão-de ter…

Como conduzir bem sem matar e ser morto, porque acreditava que a cruzinha pendurada no espelho retrovisor dava o poder do super-homem e a imortalidade dos deuses.

Ou ainda como votar em consciência se houver o referendo do aborto, de maneira justa, caridosa até e não de consciência atrofiada por uns quantos segredinhos de pé de orelha que lhe sopraram.

É caso para perguntar o que considera então a igreja mais importante?
As lavagens cerebrais como meio de “vender o peixe” e afirmar que tem cada vez mais fiéis? Atrofiar mais uns quantos para continuar a transmitir o que lhes calha melhor? Ou enganar os fiéis dizendo que é pecado isto e aquilo quando passam nos rodapés dos noticiários que mais uma criança foi maltratada ou violada por malucos, a quem se dá guarida e protege?

Tenham dó!!

quarta-feira, outubro 25, 2006

Apanhados… pelo clima

Após uma noite daquelas em que quase via a minha casa “destelhada” e inundada, tal era a violência do vento e da chuva, dei comigo a pensar nas “cenas” de filme mudo que fazíamos, o meu irmão e eu, a corrermos quintal fora a fugir da minha mãe, que nos queria enfiar à força uma camisola interior e outra de manga curta… de lã!

“Está muito frio, vistam isto!”

"Isto" era, está-se a ver, o último grito (colorido) em matéria de moda no pico dos anos 70. E o "frio" era o final do Verão.

“Ó mãe isso pica!”
“Ó mãe está calor!, Nãããããoooooo!!!!!”

Lutas infernais, numa época em que os avós eram defensores do “que não mata engorda”.

Na realidade ninguém morreu de frio, constipado ou com algum problema de “tripa”. Só não nos preparou para o que viria, décadas mais tarde, em consequência do clima tramado que, cada vez mais, vamos tendo.

Recordo-me de uma ocasião em particular, no início da década de 90, quando trabalhava na indústria hoteleira.
O cenário estava montado: calor abrasador, fardas e sapatos de meia-estação-a-atirar-para-o-Inverno que nos deixava a suar as estopinhas. Ora uma noite, em pleno Verão, saí do meu turno e fui, quase em passo de corrida, apanhar um dos últimos autocarros que passava na Gulbenkian aquela hora. Mal o autocarro parou, abriu as portas e eu dei um passo para entrar, parei atrapalhada e depois, já a rir, virei-me para o motorista e disse-lhe: “Olhe não arranque que deixei os sapatos lá fora!”.

Risota geral, claro! Tudo porque com o calor e com uns sapatos que não lembravam a ninguém, duros como “um raio” e penosos de quentes que eram, ao subir para o transporte saíram-me dos pés a velocidade vertiginosa, deixando-me descalça nos primeiros degraus do autocarro.

Descontraidamente saí, calcei-os, voltei a entrar (de pés em riste para não caírem uma segunda vez), e avancei segura e senhora do meu nariz até ao fundo do autocarro, com mais vontade de rir do que vergonha pelo sucedido.

Nada, claro está, que uma senhora não fizesse em circunstâncias iguais...

domingo, outubro 15, 2006

Dê à "wife" que ela sabe


Recuso-me a acreditar que o homem moderno, nos tempos que correm, não consiga sobreviver sozinho.

:(

terça-feira, setembro 19, 2006

A Idade Certa

Após vários anos a trabalhar no mesmo sítio, vi-me subitamente confrontada com uma reestruturação na empresa.

A preocupação deu um passo à frente. Sobretudo numa altura em que não há tempo nem lugar para uma pré-reforma e muito menos tempo e lugar para ser considerada uma miúda. Embora não seja a primeira vez (e decerto não será a última, nos tempos que correm) que uma situação assim me “cai” no colo, há sempre um frio no estômago perante a situação.

Felizmente sempre consegui dar a volta por cima. Além disso sou adepta da mobilidade como forma de evolução.

No entanto, desta vez, deparei-me com certas nuances. Descobri que paira em surdina no nosso país uma misteriosa mania da “Idade Certa”, que é diametralmente oposta à tal vontade de mobilidade e evolução.

O que é a “Idade Certa”? Onde está a “Idade Certa”? Quem tem “Idade Certa”?

Será a idade fisiológica? Terá a ver com a experiência e os canudos?

Cheguei à conclusão que tem sobretudo a ver com aquilo que as empresas estão dispostas a pagar independentemente das habilitações, da experiência, da quantidade de canudos ou da vontade de trabalhar dos candidatos.

Desengane-se quem pensa que lá por ter uns quantos canudos tudo consegue. Quem já não ouviu uns quantos “Tem muita idade” ou “Tem experiência a mais”?

Eu ouvi e decerto continuarei a ouvir. Por muitos mais anos. Tantos quantos os que por mim passarem e tantos quantos aqueles que o nosso país continuar a atravessar a crise de emprego que se conhece. Mas sobretudo ouvirei, enquanto persistir a mentalidade tacanha de que a galinha-da-minha-vizinha-é-mais-gorda-do-que-a-minha que infelizmente ainda existe.

terça-feira, setembro 12, 2006

Livros - As Herdeiras de Adriano Gentil

Meia dúzia de páginas relatam a história de um homem que casou e descasou cinco vezes. As cinco mulheres, cada uma muito diferente das outras, complementam-no nas várias fases da sua vida, como peças de uma engrenagem evolutiva. Depois de morto, o protagonista “presente-ausente” deixa-lhes a fortuna.

E depois…é a reviravolta de emoções, ambições e até manipulações. O habitual, quando há heranças, muito dinheiro e várias pessoas envolvidas.

O final, uma surpresa entre o triste e o divertido.
O livro não é grande, pelo contrário, e a narrativa prende a atenção até à última página. É, aliás, interessante vermos como quem escreve se coloca na pele de outrem, sobretudo quando esse outrem são 5 mulheres e o escritor homem.

O livro é do ex-director do Expresso e director do recentíssimo Sol: José António Saraiva que, mesmo com
todos os defeitos que se lhe atribuem, continua a ser um excelente contador de “estórias”. Li e gostei. A editora é a Oficina do Livro.