quarta-feira, outubro 25, 2006

Apanhados… pelo clima

Após uma noite daquelas em que quase via a minha casa “destelhada” e inundada, tal era a violência do vento e da chuva, dei comigo a pensar nas “cenas” de filme mudo que fazíamos, o meu irmão e eu, a corrermos quintal fora a fugir da minha mãe, que nos queria enfiar à força uma camisola interior e outra de manga curta… de lã!

“Está muito frio, vistam isto!”

"Isto" era, está-se a ver, o último grito (colorido) em matéria de moda no pico dos anos 70. E o "frio" era o final do Verão.

“Ó mãe isso pica!”
“Ó mãe está calor!, Nãããããoooooo!!!!!”

Lutas infernais, numa época em que os avós eram defensores do “que não mata engorda”.

Na realidade ninguém morreu de frio, constipado ou com algum problema de “tripa”. Só não nos preparou para o que viria, décadas mais tarde, em consequência do clima tramado que, cada vez mais, vamos tendo.

Recordo-me de uma ocasião em particular, no início da década de 90, quando trabalhava na indústria hoteleira.
O cenário estava montado: calor abrasador, fardas e sapatos de meia-estação-a-atirar-para-o-Inverno que nos deixava a suar as estopinhas. Ora uma noite, em pleno Verão, saí do meu turno e fui, quase em passo de corrida, apanhar um dos últimos autocarros que passava na Gulbenkian aquela hora. Mal o autocarro parou, abriu as portas e eu dei um passo para entrar, parei atrapalhada e depois, já a rir, virei-me para o motorista e disse-lhe: “Olhe não arranque que deixei os sapatos lá fora!”.

Risota geral, claro! Tudo porque com o calor e com uns sapatos que não lembravam a ninguém, duros como “um raio” e penosos de quentes que eram, ao subir para o transporte saíram-me dos pés a velocidade vertiginosa, deixando-me descalça nos primeiros degraus do autocarro.

Descontraidamente saí, calcei-os, voltei a entrar (de pés em riste para não caírem uma segunda vez), e avancei segura e senhora do meu nariz até ao fundo do autocarro, com mais vontade de rir do que vergonha pelo sucedido.

Nada, claro está, que uma senhora não fizesse em circunstâncias iguais...

domingo, outubro 15, 2006

Dê à "wife" que ela sabe


Recuso-me a acreditar que o homem moderno, nos tempos que correm, não consiga sobreviver sozinho.

:(